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segunda-feira, 8 de março de 2010

A ORIGEM DA PONTA DO ABUNÃ



Na análise de um processo de ocupação de um território não se pode deixr de lado a influência de fatos externos a região, que os estipulam e os condicionam. Da mesma forma, não se pode descuidar da dimensão espacial do fenomeno.

Assim, o padrão resultante da ocupação de determinada região apresenta componentes que, não raras vezes, encontram motivação em centros de decisão distantes da mesma.

No passado, influiram sobre o processo as "casas comissárias" de Belém e de Manaus e a seca do Nordeste, estimulando os fluxos migratórios, com a finalidade de explorar a "hevea". Motivados pela perspectiva de construirem uma vida melhor, fluiram os contingentes do amazonas, paraenses e, principalmente, nordestinos, por todos os rios da BACIA amazônica, embora a intensidade maior as tenha observados nos afluentes da margem direita - Juruá, Purus e Madeira. No movimento pleo curso do madeira, foi ocupado o vale do rio Abunã, seu afluente da margem esquerda. Registram os mapeamento efetuados pela comissão Demarcadora de Limites no ano de 1913, em relato ao primeiro comissário, almirante José Cândido Guillovel, a existência ao longo do rio Abunã, dos seringais: Fortaleza, Primor, Bom Comércio ou Marmelos, Triunfo, Extrema, Nova California e outros.

Nesta região, até bem pouco tempo, predominada como atividade extrativa, principalmente a busca da goma elastica, em antigos seringais da bacia do Madeira e seus tributários: o Abunã, entre outros. Nas terras sobre as quais se assenta hoje a povoação de EXTREMA, os amazonenses, desde os primeiros movimentos coloniais do século XVIII, eram objeto de deambulação dos seringueiros.

Toda a região do Abunã., Madre Dios e Beni, historicamente, escoava a produção pelo rio Madeira, desde o século XVIII, resultando desse fato, a preocupação portuguesa em manter a sua soberania sobre o curso dessse rio. Cabe destacar que, no período áureo do CICLO DA BORRACHA, o escoamento da região do Rio Abunã se dava descendo o mesmo até o Madeira, na altura da vila de Abunã, então Estado de Mato Grosso, escoando em ferrovia até a vila de Porto Velho, então Estado do Amazonas, e daí retomando o escoamento fluvial, o rio Madeira e depois o rio Amazonas, até a cidade de Belém ou de Manaus. Com o declínio da produção extrativa toda a região entrou em processo de decadência.


Fonte: Ponta do Abunã, o braço ocidental de Rondônia - Tadeu Fernandes

sábado, 27 de fevereiro de 2010

PRIMEIRO POVOADO EM RONDÔNIA

Uma das grandes dúvidas é sobre nossos primeiros exploradores e conquistadores além do Tratado de Tordesilhas. Qual foi o primeiro europeu que chegou as terras amazônicas, atravessou as matas ou se instalou em Rondônia?
Pelas analises historiograficas parece que foram as expedições espanholas. Teria sido Vicente Pizzon, que nos primeiros meses de 1500 chegou a foz do Rio Amazonas, por ele batizado de Rio Doce (mar dulce). Em 1541 vindo de oeste para leste foi a vez de Francisco Orellana, desceu o rio em direção ao mar seguido depois por outros navegadores.
Entre os portugueses o primeiro a ter coragem de entrar nas "brenhas" amazonicas teria sido Pedro Teixeira em 1641, fazendo a "demarcação do territorio" português.
Na Região Rondoniense(aqui nos cafundó) a primeira expedição que se tem notícia é a de Raposo Tavares, saíndo de São Paulo em 1647 e chegando a Belém em 1650(Três anos era o tempo médio de uma viagem pelas MONÇÕES).
Na prática essas expedições e outras posteriores anularam o TRATADO DE TORDESILHAS. Entre 1737-43 uma misssão cientifica da França, chefiada por Charles Marie de La Condominne, visitou a região, para saber mais sobre a tal seiva milagrosa da floresta. Também tivemos algumas expedições chamadas "filosoficas" ou cientificas com objetivos de encontrar ouro, aguçando ainda mais a "lenda do velhor eldorado".
As expedições em busca de ouro(prospectora) e índios(apresadora) para escravizá-los ampliaram as fronteiras, mas também criou vários problemas diplomaticos. Principalmente depois da Restauração do Reino Português, logo após o fim da União Ibérica. Os portugueses(burro só nas piadas) aproveitaram o período da chamada União Ibérica para ampliar o seu território.
Antes da descoberta Portugal e Espanha já haviam definido fronteiras. Primeiro o Tratado de Alcaçovas(1481), depois a Bula Coetera(1493) e logo em seguida Portugal força a assinatura do chamado Tratado de Tordesilhas(1494). mais ainda era pouco(he he he).....
Depois tivemos outros tratados de limites e fronteiras(UTRECH, TRATADO DE MADRID e IDELFONSO).
A presença castelhana na amazonia ameaçava a soberania portuguesa e por conta disso um Alvará em 1733 proibia a navegação no Rio Madeira.Somente em 1759 o Conde ROLIM DE MOURA autorizou ao Juiz de Fora TEOTONIO GUSMÃO a criação/fundação do Arraial/povoado de Nossa Senhora da Boa Viagem do Salto Grande(Cachoeira do Teotônio).
Talvez essa seja um dos primeiros povoados por esta terrinha querida.....
Prof. Valdeci Ribeiro, leciona História Geral e Sociologia


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